Quem reclama de engarrafamento é porque nunca andou de metrô. Só pode!
Ok, é estressante, mas no carro não tem um estranho fungando no seu cangote ou soltando bafo na sua cara. Quem pega metrô na hora do pico tem passagem pro céu!
Explico: Nos dias que estive em São Paulo fiquei na casa da Rafa, minha prima amada-idolatrada, mas que mora exatamente no lado oposto de onde eu precisava ir todo santo dia. O jeito foi deixar a frescurite de lado e fazer o que fazem todos os pobres trabalhadores (pobres) do Brasil: transporte público.
Etapa 1 - Entre se puder.Parece fala de virgem, mas não é. Entrar no metrô é uma das tarefas mais difíceis que se pode fazer na vida. Isso porque as mulas se aglomeram na porta, ignorando a existência de um lugar espaçoso chamado corredor.
O trem chega e a multidão se posiciona. Tendo ou não espaço, vão se enfiando de qualquer jeito, empurrando quem está dentro e quem está fora também. Toca o sinal, a porta vai fechar, mas tem sempre um apressadinho que pula e vai com uma ponta de rabo pra fora do trem. Isso porque o tempo entre um e outro é muito longo, sabe. Incríveis um ou dois minutos.
Etapa 2 - Dentro do trem.
Corrimão? quem precisa disso? não há espaço pra cair. Sabe aquela expressão "não tem um chão pra cair morto?" então...
De repente, sinto uma coisa dura cutucando ali atrás. Empurra pra lá, se esquiva pra cá. Ufa! era só um guardachuva.
Olho pra frente e tá lá o Luciano Huck sorridente mandando fazer Estácio. Tá rindo porque não é contigo, né querido?
Situação controlada. Pelo menos, até chegar a próxima estação...
Etapa 3 - Quem tá fora quer entrar, quem tá dentro quer sair.Não podemos esquecer que em todas as estações há gente querendo entrar... e gente querendo sair. Mas quando chega na Sé a situação piora infinitos porcentos. Salve-se quem puder porque não tão nem aí se você não quer descer ali. Ficou na frente, vai junto.
Conseguiu ficar no trem, beleza. O Luciano Huck continuará lá rindo pra você. Loucura!
Etapa 4 - Desembarque.
Chega a estação final. (Sim, eu ia até a última estação). Mais uma filinha: pra subir a escada. (Filinha é modo de dizer porque eu tô boazinha hoje). Daí é hora de seguir as placas e fazer a transferência pro trem da CPTM. O que? não contei não? Ainda tenho dois trens pela frente!
Quase duas horas depois de sair de casa, chego no trabalho. E só um chocolate quente salva!
Depois dessa temporada, revi meus conceitos de "perto" e "longe". Decidi que preciso morar perto. Perto tipo no máximo uma hora, sabe?
:-P
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Ok, encontrei muita gente educada e simpática também. Por fim, já tava até dando informações. Espero não ter mandado ninguém pro lugar errado...No próximo post: "Menas".