14 de nov. de 2011
A gostosa do ônibus
Passa um tempinho e... continuam olhando. (opa, sou a gostosa do ônibus).
Dou outra espiadinha e eles sorriem e falam algo entre si. Começo a achar que to com a cara suja... feijão no dente...
E eles sorriem.
Desço do ônibus. Continuam sorrindo.
É quando tiro o fone do ouvido e percebo que... peraí, não tava encaixado. Todo mundo ouviu minhas músicas no caminho inteiro.
Droga! Sabia que eu não era 'gostosa'.
13 de nov. de 2011
Get It Right
Não é preciso um dia inteiro para mudar o rumo das coisas. A soma de pequenos instantes, um conjunto de decisões é o que nos levam para onde estamos.
Não teria aquele encontro que deu início a um romance frustrado? Mudaria o roteiro de uma viagem? Teria evitado uma briga ou, quem sabe, não teria calado e despejado tudo o que lhe sufocasse? Teria dito 'eu te amo' ou teria evitado dizer? Iria ao médico, às compras, à praia, ao bar?
Um dia desses vi o filme 'O Homem do Futuro' em que o personagem evita a 'tragédia' do passado, mas constrói uma realidade ainda mais desastrosa. E conclui que as coisas são como devem ser. E não se pode ousar mudar isso.
De certa forma, é verdade. Tudo o que passamos, cada experiência, é o que nos tornou quem somos. Ainda assim me pergunto como seriam as coisas caso algumas escolhas fossem outras. 'Quantas vezes serão necessárias para eu acertar?'. E "se"...
Não sei. Sigo, então, na tentativa de errar menos, voltando atrás e consertando o que pode ser consertado, mudando de opinião quando necessário, aprendendo a cada dia e tentando acertar.
Antes que seja tarde, como no clipe novo (e triste) da Katy Perry.
30 de jul. de 2011
Estuda, menina...
- Mas menina, você não vê a Sabrina Sato? ela entrevista até o Justin Bieber e não fala nem inglês.
- Mas, Jú, tu já viu o tamanho da bunda dela e o tamanho da minha?
- É...
- Então... quando a gente não é gostosona, a gente estuda...
27 de jul. de 2011
Enquanto isso no Facebook...
- eu não corri e comi macarronada. carboidrato mano
- hahahaha
- insulina
- depois comi "sem parar", o genérico do bis
- depois da corrida eu tomei um suplemento de Amino Nitrato e comi uma banana
- eu tomei guaraná
- vou te denunciar pro Medida Certa
***
Como eu sempre digo: quem tem amigos... tem tudo!
#vaigordinha
1 de jul. de 2011
O segredo dos compositores
Uma vez perguntei a um conhecido se uma música dele era algo que tinha vivido. Fala em desencontros, desejos reprimidos e a vontade de chegar ao bom e velho final feliz. Sinceramente, eu esperava um 'sim' de resposta. Mas, para minha surpresa, ele disse que não é bem assim. Que a música vem. Assim. Ela só vem. Entendi, mas não deixei de acreditar que, sim, tinha a marca dele ali.
Outra vez um amigo, músico e compositor, disse acreditar ser algo espiritual. Que ele compunha e quando via o resultado pensava em como tinha feito algo tão lindo. Não é falta de modestia, ele faz músicas de arrepiar de tão lindas. De novo, que a música vem. Mas, tinha, sim, algo de real ali. Tinha, sim, um quê de verdade misturado com uma dose de exagero que forma a receita certa pra fazer chorar. Todo mundo já amou. Todo mundo já sofreu. E se ainda não cicatrizou, meu bem, você vai chorar.
Mas a cereja do bolo (com o perdão do clichê) veio esta semana com uma entrevista que fiz no trabalho. Há dias ouvi uma música que me marcou muito. "Ainda é tudo seu". Ouvi trabalhando, em casa, antes de dormir... O estranho é que pensei em várias pessoas e amores. "Ainda tenho tanta coisa pra te dizer e saber". "Eu volto pra te buscar". E pensei em mim."Segredos moram comigo, eu gosto de contar pro céu". Então eu encontrei a Luiza Possi, compositora e intérprete da música. E fiz a pergunta de sempre - com o pretexto que é para a matéria (e também é), mas mais para matar a minha velha curiosidade, 'aquela de outros anos'.
Ela disse que não é sobre uma pessoa apenas, mas várias. Quem ouve pode jurar que é para um amor. Mas é uma combinação de experiências em estrofes que se aplicam a vários personagens de sua vida e a si mesma. E eu sorri. Em pensamento. Me pego fazendo isso em textos jamais publicados. Crio histórias que misturam realidade e fantasia e penso em que interpretação - talvez ainda mais fantasiosa - o leitor poderá criar. Misturo amores, vontades e saudades.
Cheguei à conclusão que cada texto tem o íntimo do autor - muito mais que uma simples eleição de palavras -, a expressão de seus sentimentos. E isso se mistura com uma fantasia não vivida para dar o tcham da coisa. Talvez o que quisesse viver, mesmo que inconscientemente, ou o que imagina que os outros vivam.
Não posso falar por todos os escritores. Mas posso por mim. Não me leve tão à sério. Pode ser só invenção, fantasia. Pode ser a mais pura realidade. Ou pode ser uma intencional combinação dos dois. E o mais provável... é que assim será.
"Segredos moram comigo, eu gosto de contar pro céu. A vida inteira é muito pouco só pra começar desvendar..."
13 de jun. de 2011
O ceguinho do ônibus
Eis que um CEGUINHO pede ajuda:
- Você me avisa quando vier o São Savério?
- São Savério? Hummm... é um ônibus verde?
¬¬
10 de jun. de 2011
O homem que mandava corações
Uma vez conheci um homem que me mandava corações. E aquilo era tão lindo. Uau! Um homem que manda corações. E sabia elogiar de um jeito que jogava o ego lá no céu. E eu deixava lá, o ego, lá em cima. E me sentia mais gostosa que a Juliana Paes. Não que ele já tivesse comido a Juliana Paes. Não importa. Porque ele mandava corações.
E se eu chegasse em casa daquele jeito em que só o que você quer é agarrar uma lata de leite moça, o homem que mandava corações aparecia. E tudo parecia absurdamente ridículo perto da taquicardia que me dava qualquer vírgula que viesse dele. Nem o cliente mala enchendo o saco, o jeans que não fecha mais, ou as contas do mês por fazer. Tudo muito ridículo quando se tem um homem que manda corações.
Ele não era lindo, nem magro, nenhuma semelhança com o Ashton Kutcher - a não ser a distância que os dois estavam de mim - mas tinha um beijo de fazer arrepiar até os pelos que já se foram.
De vez em quando sumia. Aparecia. Sumia de novo. E voltava falando em saudade. Numa dessas idas conheci outro sujeito. Ele era uma gracinha. Mas não mandava corações.
E voltava. E ia de novo. Então é assim? Desaparece e chega, manda um coração e está servido?
Eu não seria mulherzinha se não imaginasse mil interpretações pro homem que mandava corações. ‘Um coração porque eu gosto de você, sua linda’. ‘Pega um coração aí e não me enche o saco, porra’. E o coração, que antes me fazia suspirar, passou da interrogação, à angústia e raiva. Proibi até a minha mãe de me mandar o dito cujo.
E então apareceu outro sujeito. Ele era uma gracinha. E, yes!, não me mandava corações.
Estou de volta pra você! Se você me aceitar... ♪
Eu sei, eu sei... já falei isso antes.
Voltei.
Vem, volte também!
Me faz companhia :)