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28 de mai. de 2009

Recado paroquial

Tô indo pra Joinville, a cidade das flores. Volto domingo.

Enquanto isso, deixe a preguiça de lado e use e abuse dos comentários! Eles tão ali pra isso mesmo... e pra me deixarem com cara de boba (mais?).

*

Em Joinville vou participar de um evento bem legal. Diz a minha chefe:
- Olha, vai ter também encontro de jovens empresários...acho que vai estar bom pra ti.
- Gente, vou conhecer a Míriam Leitão.
Caras perplexas na sala:
- A gente falando que vai tá cheio de homem, jovens e empresários e tu me fala em Míriam Leitão?


Vergonha de mim.

*

Vou indo. Beijos e beijos.

26 de mai. de 2009

Parte 3 - o Cristo

A janela nos mostrava um Rio cinzento na manhã de sexta-feira. Uma chuva bem fininha... do tipo que deixa os cabelos com aqueles fiapinhos levantados, que só serve pra atrapalhar as fotos...

Primeira parada: Arcos da Lapa
Os arcos da Lapa são feios, sujos e rodeados por mendigos. Têm cheiro de xixi (como em boa parte do Centro), e parecem abandonados. Mesmo assim fizemos caras sorridentes e muitas fotos na frente deles. Os mendigos devem tá tão acostumados que nem deram bola pra nós.


Momento making of

*

Daí a sorte começa a mudar. Indício de sol! Fomos pra avenida (soa indecente, mas nem foi) e pegamos um táxi. O táxi do Nem!

Pra mim, taxista bom é aquele conversador. Que conta causos, que se acha o guia turístico, que dá dicas quentes. E claro, que te leva nos lugares.
Toca o telefone dele:
- Oi, Nem!
Pausa
- Onde cê tá? já tá na hora?
Pausa
- Não vai dar tempo. Cê vai que depois eu busco.
Pausa
- Beijo.

-Era minha esposa.
(a gente percebeu. Pelo tom de voz ou era esposa ou era amante).
- A gente tem uma bonequinha de dois anos e meio e ela tá indo no médico. Veja só, eu sou taxista e ela vai pegar táxi.

(malditas turistas!)


Próxima parada: Pão de Açúcar.
- Que merda é aquela ali?
- O quê?
- Tá fechado.

Desço do carro pra perguntar o que que tá pegando.
- Tá em manutenção, filha.
Filha é o cara#&*#lho!
- Até quando?
- Até dia 18.

Peraí, dia 18 vamos estar em Criciúma, de volta ao mundo real, em frente a um computador trabalhando.
Mas é isso mesmo. Nada de bondinho. Cara na porta! Gastamos nosso estoque de xingamentos e fomos pro Cristo.
Eu sei que parece cruel, mas bateu até um conformismo quando olhei pros ônibus de turismo ali.
- Haha vocês também se fude#$%ram.

No Cristo eu me redimo de pensamentos pecaminosos.


*

Terceira parada: o Cristo
É uma Torre de Babel. Ouvi japonês (ou chinês, vai saber), inglês, espanhol, algo que parecia alemão. Um ou outro falando português. Teve um que nos chamou de “belas ticas”.
Todo mundo disputando um espacinho pra famosa foto de braços abertos (alguns mais pra Titanic do que pra Cristo). E todo mundo aparece na foto de todo mundo.
Uma latinha de refrigerante custa R$ 4,00. Imagina os cristinhos...
No trenzinho de volta um grupo de samba animava a turistalhada. Com tantas senhorinhas simpáticas, o cantor quis me tirar pra dançar. Imagina eu sambando num trenzinho em movimento? Nem eu.


Ganhei beijinho

*

Mais um táxi. Vamos pra Ipanema!
Ao contrário do Nem, estilo pai de família, o taxista agora fazia o tipo carioca malandrão.
Ele pega o radinho e começa a bater papo.
- E a mulherzinha, era maneira?
- Maneira, maneira.

Credo, mulherzinha maneira? Deve ser a forma deles de elogiar...

Chegamos em Ipanema. Hora do almoço.

Dá licença, não posso falar de boca cheia...

25 de mai. de 2009

Parte 2 - Quinta em Copa

Chegamos no Rio com aqueeeele solzão. Bem diferente do friozinho que deixamos em Santa Catarina. Mas sabe como é alegria de pobre, né? Depois de olhar em seis, SEIS sites de previsão do tempo, já estávamos conformadas com o tempo nublado nos próximos dias. O negócio então era aproveitar a tarde! Destino: qualquer boteco em Copacabana.

Antes, é claro, largar as trouxas no hotel.
Daí vem a surpresa:

As janelas sujas não pareciam as mesmas das fotos (foi nessa hora que lembrei que já inventaram o photoshop). O hotel até era legal, quarto bom, café, banheiro grande. Mas a localização... ficamos hospedadas no cu da cidade. Lugar feio, longe.
Conselho: nunca, mas nunca mesmo confiei na sua agente de viagens. Ela pode te achar com cara de pobre o suficiente pra te enfiar em um buraco qualquer.
Como eu sempre digo, you live, you learn... acho que agora aprendi.

*

Eu e a Fran temos mania de achar que sabemos de tudo. Em cidade grande nos sentimos em casa. São Paulo? Conheço como a palma da mão! Rio? Ih, moleza!
Coitada da Aline...
Fomos pra Copacabana de metrô. Uma fiiiila pra comprar o bilhete, o pessoal deve ter adorado a gente pedindo informação e demorando horrores pra entender, mas conseguimos.

Ahhh, a praia!! Ahhh, os chopes!! Ahhh, os ambulantes enchendo o saco! Inventamos de comprar cangas. Burrice. Se os outros vendedores verem você comprando algo, vão querer empurrar todo tipo de bugiganga.

Lá pelas tantas aparece um grupinho tocando samba. Gente: chope, na beira da praia, com grupo de samba... tem coisa mais brasileira?
Daí a Fran:
- Parece que conheço essa música...
- Fraaaaaan, é o hino! Tipo, “entre outras mil, és tu Brasil, ó pátria amada”

Riso geral.

*

O bom de ser turista é que você pode pagar mico à vontade que nunca mais vai ver aquelas pessoas mesmo. Em Copacabana tem um mini-cristo. Bati foto até beijando o coitado (mas não mostro nem sob tortura). Aliás, beijei uma estátua aqui, bati papo com outra ali, dei cerveja pra outra lá. E estava sempre sóbria, juro.


Essa é normalzinha pra não dizer que nem mostro nada... Aline empolgadíssima!

*

Voltamos pro nosso fim de mundo, digo, hotel. Muitos planos para o dia seguinte. Então a opção da quinta foi dormir e poupar energias.

Abre parênteses. Até então eu pensei que iria sair. Fui atrás de Red Bull, e nada. O cara do restaurante propôs refrigerante, guaraná. Troca safada, né? Preferi quebrar a promessa feita no carnaval e tomar vodka mesmo. Vodka com bolo, taí uma mistura indigesta. Noite de quinta = desastre. Fecha parênteses.

*

Amanhece a sexta-feira. Da janela dava de ver o Cristo dando tchauzinho pra nós. Hora de conhecer os pontos turísticos. Bondinho, aí vamos nós morrer de medo!

21 de mai. de 2009

Diário de bordo - Parte 1 - A chegada

Criei vergonha na cara de, finalmente, cumprir o que prometi: contar os detalhes do passeio que eu, Aline e Fran fizemos ao Rio de Janeiro. Não foi tipo sessão da tarde, “garotas da pesada aprontando todas numa terra muito louca”, afinal, a gente é menina ajuizada... errrr ou quase isso. Mas foi, como diriam os cariocas, muito maneira! Aliás, muito, muito, muito maneira! Ahhh o Riooo... continua lindo!
Foi a primeira de muitas que virão! Falando nisso, se alguém quiser me mandar pra bem longe, tipo... nordeste ou pro exterior mesmo, pode contribuir com o caixinha, eu passo o número da conta hehe

Chega de papo.
Senhores passageiros, bem-vindos ao Rio de Janeiro!

Cadê o Cristo?
- Liga a máquina, cadê Ele? Tá vendo?
- Não, ainda não.
- Ai, deve tá do outro lado.
- Dá nada, olha lá o bondinho.
- Fotos, fotos.

E assim, chegamos!
Hmmm.... acho que pulei uma parte. Na verdade, tudo começou quando eu nasci...
Hehe brincadeira, a história começa na madrugada em Criciúma...

Ida
Na rodoviária, enquanto enfiávamos nossas lindas malas (com alças e com rodinhas), no bagageiro do ônibus, um sujeito um tanto atrapalhado se aproxima.
- Vocês vão pro aeroporto?
- Sim.
- Como vocês vão?
- De táxi.
- Posso ir com vocês?
- Olha se couber, pode... vais pra onde?
- São Paulo.
- Qual vôo?
- Tam, 10h30.
- Ah, então não é o mesmo...
- Cês vão ca Gol?

Viva a cacofonia!


Chegando em Floripa, faltando um tempão para o embarque, fomos tomar café. Depois de comer, com tempo livre de sobra, ficamos batendo papo.
Daí aparece o rapaz novamente:
- Oiiii, já comeram, vocês?
- Olha moço, até comeram, mas faz temmmpo....

Tá, eu nem respondi isso, só pensei.


Passeia pra cá, pra lá. Embarcamos.
Lá pelas tantas o comandante Habib’s (é sério, o nome dele é Habib’s), avisa que está esperando autorização para pousar em São Paulo, e enquanto isso vamos observar a paisagem. Daí ele começa: a sua esquerda temos a serra do sei lá o quê; para quem não conhece, ali é o sei lá o que não lembro. Tipo, dando voltinhas pra passar o tempo. Rá. Porque guia turístico taxista é para os fracos!
Já em São Paulo, a conexão demorou horrores, mas ah... quem se importa?

Pegamos o vôo com o Bento Gonçalves, aquele sabe?
Aline: Tu viu o cara do primeiro banco? É aquele da Globo.
Eu: Não vi, quem?
Aline: Aquele da Casa das Sete Mulheres, bonitão.
Eu: não... (até que ele levanta para ir ao banheiro)
Eu: viiiii, por que tu não falou que era o Bento Gonçalves?
Aline: Isso, o tio Bento! (já se achando da família)
E quem consegue pronunciar Werner Schünemann?

Até que:
Senhores passageiros, dentro de instantes pousaremos no aeroporto Santos Dumont, no Rio da Janeiro.

Então...

- Liga a máquina, cadê Ele? Tá vendo?
- Não, ainda não.
- Ai, deve tá do outro lado.
- Dá nada, olha lá o bondinho.
- Fotos, fotos.

18 de mai. de 2009

Crici City

Tô de volta pra você
Se você me aceitar
Juro que não vou fazer
Nada pra te magoar.

***

O pagodinho ali é só pra avisar que tô aqui! A viagem foi ótima. Muitos momentos maravilhosos e alguns horríveis, mas o bom é que nem fui assaltada.

Aguardem as cenas dos próximos capítulos.

;-)

13 de mai. de 2009

Tchau, amores!



Agora sim, tô indo ali brincar de turista.


Cante comigo:

As três manés sentido litoral curtindo Red Hot, Bob Marley, Charlie Brown

Pega a estrada numa caranga equipada com as prancha pendurada, mas ninguém sabe surfar
E sai dizendo que tão indo pra Ubatuba que só vão comer lagosta bem de frente pro mar,
Mas eles vão prum kit net ocean só vão comer macarrão com ki-suco de guaraná
Fizeram cheque pra poder pagar o pedágio e vão rezando serra abaixo para nenhum pneu furar

Chegando lá já começa a gandaia mas pra se chega na praia tem uns 15 quarterão
Tem sempre um tonto que esqueceu o chinelo e sai pulando pela rua que ta quente igual carvão
Tira a camisa pra mostrar a tatuagem uma bandeira que e colagem da banquinha de jornal
Pisa na areia com os pé cheio de frieira com uma sunga do parmera que não tem mais nem cordão

E quando chega a noite que é a hora do ataque aquele bafo de
conhaque bota as mina pra correr
Quem se deu bem foi o Veto arrasou uma no boteco e descobriu que era traveco quando fez o xenhenhen
Os outros cinco dando ideia numas gatas querendo leva pra casa e só queriam se dar bem
E convidaram pra da um role de carro chegando lá tinham guinchado e ninguém comeu ninguém

***

Ok, cante comigo só a primeira linha. O resto esquece.

Bye

11 de mai. de 2009

Viajona

Ainda tô aqui. Como a semana vai ser mais curta, tenho que deixar o trabalho pronto até quarta-feira. Mas tô aqui, tá Deise? (ela disse nos comentários que pelo sumiço eu já tinha achado um carioca, que nada!).

Adorei as sugestões pra viagem. Que pessoas criativas!
Falando nisso... alguém quer fazer alguma pergunta pro Drumond? =P



Foto que roubei do @lapena no twitter.

***

Quem quiser acompanhar os twits viajantes:
www.twitter.com/kellenrodrigues


beijos

7 de mai. de 2009

O fantástico mundo de Bobby

Lembra do Bobby, aquele menininho que viajaaaava em pensamentos e imaginava coisas loucas, de um desenho que passava no SBT?
Eu adorava. Apesar de ser uma criança "mais grandinha", sempre me achei meio Bobby de saia.



Falta exatamente uma semana para a minha viagem e eu tô que é o Bobby. Pra compensar os desaforos da quinta passada, a festa na quinta que vem será na cidade maravilhosa. Conto tudo quando eu voltar. Quer dizer, se eu voltar, porque nunca se sabe se vou morrer de bala perdida, se o avião vai cair ou se vou conhecer um carioca que fale bem carioqueixxxx no meu ouvido e eu fique por lá mesmo(gostei dessa opção hehe).

**


Gente, adoro os comentários. Valeuzão pra quem me desejou sorte!
Ando escrevendo pouco porque tô me sentindo chata pra cara&¨* ultimamente. Mas passa. Nada que umas voltinhas por aí não resolvam.


Beijos e beijos.

3 de mai. de 2009

Nos embalos de quinta à noite

Agora é assim: quinta é dia de sair de casa. Sabe-se lá porquê, é o quente da noite em Criciúma. Então tá. Mas essa quinta era ainda mais esperada: véspera de feriado... imagina.

Cheguei em casa podre lá pelas 21h30 (passei o dia fotografando a festa de um cliente, ouvindo sertanejo desde as 8h da manhã), com o cabelo cheirando a comida. Um lado de mim queria dormir, mas o outro mandava deixar a velhice de lado e sair. Fomos. E fomos bebendo vinho (derramei na roupa, obviamente).

Chegando lá, tinha uma fila gigante. Algumas coisas, quando grandes demais, assustam. Fila é uma delas. Conta é outra.

Abre parênteses. Há algum tempo que combino com um amigo de a gente se encontrar numa balada. Mas nossas agendas são incompatíveis (celebridade falando). E ele disse que estaria nessa tal balada e era pra avisar se eu fosse (sei lá pq, mas era pra avisar). Como sou grossa, não avisei. Abro o msn e tem mensagem off dizendo que se me encontrasse por lá eu seria linchada. Nem precisa dizer que fiquei com medo de encontrar com ele, né? Fecha parênteses.

Entramos na Dioxy. Nós e o restante do mundo.
Com toda a sorte que Deus me deu, no primeiro passo encontro o tal amigo que queria me linchar (tinha esquecido de como ele é gato). Me deu um abraço bem cheiroso e nem me bateu.

Escolhemos um canto, compramos bebidas, e bora dançar. Mas era minha primeira vez ali e né, queria circular. Fomos subindo. O terceiro andar tava ainda mais lotado, do tipo que tem que fazer contorcionismo pra conseguir ir de um lado ao outro. Tocando música gaúcha, como se fosse possível dançar. Olha, festa vazia é chata, mas superlotação... Voltamos lá pra baixo.

Daí começam as merdas da noite. Paramos num lugar que dava de dançar. Pudera, ninguém ia querer ficar naquele canto. Praticamente escondidas, ao lado do banheiro feminino. A porta da sacada aberta com um vento encanado desgraçado. Dançamos pra espantar o frio. Mas a banda cantando “você é luz, é raio estrela e luar” não tava ajudando muito a esquentar. Na escala de coisas que acabam com o meu humor, o frio lidera disparado. A gente começa a contrair os músculos pra enganar o frio, sabe? E fica com dor das costas. É bem legal. Então resolvi sentar um pouco e achei uma cadeira ótima, de frente pro palco. Sentei e encharquei a bunda. Parecia que tinha feito xixi na calça. Mas já que ninguém ia botar a mão na minha bunda mesmo (droga!), não faz mal.

Apelidei carinhosamente o nosso canto de o “cu da boate”. A única coisa que vi a noite inteira foi mulher apurada pra ir no banheiro.

Uma amiga empolgadíssima, se sentindo a própria da música “ela é puro êxtase”. Mas tinha álcool de menos e frio demais no meu corpitcho, não dava de acompanhar. Lá pelas três e meia fomos pra casa. Ahhhhh a minha cama! Amo tanto!

No dia seguinte, meu amigo/gato/cheiroso diz que me procurou e não achou, que me escondi. É claaaaro que não me escondi. Ou sim. Ah, sei lá. Só sei que foi assim.

Tomara que na quinta vem tenhamos mais sorte.
Por favor, deseje-me sorte! Tô precisando tanto ultimamente.

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Esse post é especialmente para a minha amiga-prima-leitora Rafaela! Porque se não fosse ela me perguntar todo dia: atualizou? não sei o que seria do blog...
Agradeça (ou não) à Rafa!